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Jardim

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    Imagem de autor desconhecido, retirada da net Debruço-me na varanda dos teus seios Admiro teu canteiro delicadamente aparado Onde nasce uma rosa de pétalas sedosas Com gotas de orvalho ornamentado. Beberico feito pássaro sedento Da fonte que nasce do teu umbigo Extasio-me com sublime gemido Para sempre guardado comigo. 14/12/2020

Água revolta

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  Foto minha Quero ser água revolta Que invade tuas raízes Que fecunda tua seiva Deixando tuas folhas felizes. Quero enlear teu tronco Perder-me nos teus ramos Transpirar-me contigo E quimicamente pecamos. Quero me gravar no teu córtex Na perenidade do momento E aquietar-me em ninho No embalo do vento. Quero. 12/12/2020

Um tributo a Gary Moore

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Caem do céu... do outro lado da janela Notas órfãs sem pauta... nem clave do Sol. Procuram guitarras poéticas Possíveis herdeiras Do mestre dos blues e rock'n'roll.                                                                             29NOV2020

Porque ainda há heróis

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    Foto de autor desconhecido, retirada da internet ( num corredor do hospital Curry Cabral em Lisboa) Pode este Portugal não ser teu? Este Portugal tão teu e tão nosso. Tão intenso, nesta vida vivida, Connosco a partir do berço. Porque não um pequeno gesto, Um cuidado com o nosso igual, Não importa o estado promulgado, Importar é estado natural. Vamos dobrar os cabos e tormentas, Homenagear os Gamas e os Cabrais, Que navegam dias e noites. Por todos os nossos hospitais. Honremos egrégios avós, Saudemos o que há-de porvir Cuidando que todos os nossos Amanhã (ainda) possam sorrir.                         7NOV2020

Why?

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Lindíssima, esta música. “Why?”, o seu nome encerra em si uma pergunta pertinente e apropriada. “Why?” Num encontro de instrumentos e de pessoas que refletem um encontro de culturas e, talvez, de religiões fazem-nos perguntar “Why?”. A música, essa mesma música, que no é trazida por um encontro de instrumentos e de pessoas, que refletem um encontro de culturas e, talvez, de religiões, fazem-nos perguntar “Why?”. A música, essa mesma música, que flui num cenário fantástico e encantado, deve ecoar por aquelas montanhas, perguntando “Why?”… Não, infelizmente não tenho resposta… apenas uma pergunta… “Why?”… Lindíssima, esta música.

Um sonho que perfilho

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E se regressei aos anos 80, não poderia deixar de fazer uma especial referência aos primeiros tempos do Rock Português. E no meio de tantas possibilidades de escolha, preferi este ar de rock: Sei de uma camponesa. Sei de uma camponesa Que dança à noite na eira Perfumada de avenca e feno