Natal
E, porém, naquele domingo aconteceu. Mataram o Pai Natal! Sem dó nem compaixão, fuzilado por uma homilia inesperada, aquele bondoso homem foi liminarmente exterminado pelo presbítero e, com ele, todos os inofensivos sonhos e doce magia que dão cor a esta quadra. Assim foi. Abandonado o ambão, onde professou as indulgentes palavras do evangelho, sentenciava: “… pois o pai natal não existe …”!!! Perguntei-me como poderia ser possível… Bastava simplesmente expulsar os vendilhões do templo, porque nem tudo é eivado pelo espírito mercantilista. Mas não. Embora ordenado em tão canónico cargo ignorou, com despudor, um dos frutos do Monte Horeb: o quinto preceito do Decálogo. - “ Não matarás ”! (… valha-nos, agora, o Coelhinho da Páscoa e a Fada dos Dentes). Imagem de autor desconhecido, retirada da net.