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A mostrar mensagens de abril, 2012

O Apito do Comboio

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Era um final de tarde igual a tantos outros finais de tarde. Lá longe, escuto o apito do comboio que transportará, para os subúrbios, homens e mulheres que trabalham aqui na capital. Olho para dois idosos que jogam uma partida de xadrez numa mesa deste jardim. Eles, imóveis, pensam na próxima jogada a executar… fiquei como eles… estático… a pensar… Rei Serei eu seu rei? O alvo… o objectivo… o objecto do seu desejo? A peça – chave do seu jogo? O verdadeiro soberano do seu coração? Bispo Serei seu confessor, confidente, ouvinte? O pastor da sua doce alma? A peça que fielmente se coloca ao seu lado? Torre Sim. Gostaria de ser como uma torre. Ser a fortaleza que a protege; a muralha onde ela se sentirá sempre segura. Alto e Forte. O monumento que ela admirará fascinada. Cavalo Poderia ser seu cavalo, branco e majestoso. E poder levá-la a passear pelos prados e pradarias do nosso contentamento… Peão " Tu não passas de um mero peão. És mais um entre muitos o...

Fragmentos

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Apanhou a beata acesa do chão, deu uma passa e pendurou-se no eléctrico que haveria de cruzar as colinas de Lisboa para o levar até ao seu trabalho. Manuel tinha doze anos e calçava uns sapatos dois números acima do seu. Era uma fortuna poder proteger agora os seus pés que em muitos invernos descalços atravessaram a serra de Arga para que na escola primária comum conseguisse tirar a 4ª classe que Deus tem. Chegado à taberna, onde labutava, serviu o vinho morangueiro em malgas – tal e qual como no seu berde Minho – aos clientes provindos na maioria da sua aldeia natal. O ambiente da tasca tresandava a carapaus de escabeche de há três dias e os ovos cozidos trajados de vermelho equilibravam-se em pé como soldados numa parada feita de sal sem qualquer segredo de Colombo. Naquele dia, porém, teve um bafejo de sorte porque um par de “ bifes ” entrara no estabelecimento e conseguiu cobrar o dobro dos tostões que valiam as sandes de presunto e as duas garrafas de laranjada: no final do mês,...

Flower in spring

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Love breaks the wings of a butterfly on a wheel... ... Love will heal the wings of a butterfly on a wheel.

Num outro lugar

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Mote : o belo poema " Terror de te Amar " , da maravilhosa Sophia de Mello Breyner Andresen Perdoa-me porque quase te amei aqui. Teu mundo, nosso mundo, Não pode ser um lugar imundo; Um lugar qualquer. Teu lugar é meu lugar. Teu amanhecer, meu madrugar. Não basta pois apaixonar Há que criar: O teu lugar, o nosso lugar. Crio pois um poema para ti E perdoa-me… Porque quase te amei aqui. Yellow McGregor, abril 2012 Imagem de autor desconhecido, retirada da net

Growing old with you

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Almost There... that's not enough.

Porque cantam os pássaros no cemitério?

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Porque cantam os pássaros no cemitério? N. 17-01-1989 F.20-12-2005 N.21-02-1997 F.17-06-2006 N.10-04-2001 F.10-08-2010 N.20-07-1987 F.04-04-2007 E tantas, tantas, tantas jovens flores, que mal brotaram, cedo murcharam, germinando doces saudades e amargas dores. Que raio de profano Sagrado Mistério: Porque cantam pássaros no cemitério? Yellow McGregor, março de 2012 Imagem de autor desconhecido, retirada da net