A sul de um Norte qualquer


No silêncio dum predicado
Vejo um verbo abandonado
Que se grita em si refletido:
O quê?
A quem?

De resposta,
Talvez parida dum erro de paralaxe,
Apenas uma figura fraca feita fogo-fátuo;

Nada digas…

Vi um adeus que não quer partir,
Uma vida que se quer desgraçar.

…hoje, senti-me a sul de um Norte qualquer.

Imagem de autor desconhecido, retirada da net.

Comentários

  1. Norte só há um...e não é um qualquer, assim como qualquer outro ponto cardeal.

    Mas, ainda que a Sul, o texto é soberbo.
    Parabéns :)

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    1. Pois bem, contudo, há mais... um norte magnético e, até, um norte da agulha.
      Resta-nos calcular os possíveis desvios ;-)

      Muito obrigado :-) Bjo

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  2. Eh, pá! Não podia estar mais de acordo com a Esmeralda. 😛

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    1. Nesse caso, a resposta será a mesma :-D Em tempo de crise, sempre é uma que poupo ;-)

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