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A mostrar mensagens de 2012

Natal

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E, porém, naquele domingo aconteceu. Mataram o Pai Natal! Sem dó nem compaixão, fuzilado por uma homilia inesperada, aquele bondoso homem foi liminarmente exterminado pelo presbítero e, com ele, todos os inofensivos sonhos e doce magia que dão cor a esta quadra. Assim foi. Abandonado o ambão, onde professou as indulgentes palavras do evangelho, sentenciava: “… pois o pai natal não existe …”!!! Perguntei-me como poderia ser possível… Bastava simplesmente expulsar os vendilhões do templo, porque nem tudo é eivado pelo espírito mercantilista. Mas não. Embora ordenado em tão canónico cargo ignorou, com despudor, um dos frutos do Monte Horeb: o quinto preceito do Decálogo. - “ Não matarás ”! (… valha-nos, agora, o Coelhinho da Páscoa e a Fada dos Dentes). Imagem de autor desconhecido, retirada da net.

(...)

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Apenas o silêncio.

Novembro

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Porque já é novembro... ... Sim, Luís (de Sttau Monteiro ) : Quero agarrar o verão, quero agarrar o verão.

Por quem não esqueci

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À noite, calam-se os silêncios... ... e a alma ilumina-se com um sinal de ti.

Sei?

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Gritando o meu silêncio na nossa voz calada... (E o silêncio fica imenso sem você).

Não se ama sozinho

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Bem sei que “Era a Crónica de Uma Morte Anunciada” mas ia contra “A Ordem Natural das Coisas” e, por isso, estava “À Espera de um Milagre”, alimentando-me de “Grandes Esperanças”. Eu pedia-te: “Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura” mas tu… tu “Morreste-me”; não podias… tu “Fazes-me Falta”!... Fiquei à “Deriva” e fugi rumo àquela “Montanha Mágica”, para um “Exílio Perturbado”, onde cultivei “As Vinhas da Ira”. Lá seríamos apenas nós dois, dois “Corações em Silêncio” porque “Quem Ama Acredita” e eu queria ficar a sós com “Um Amor Para Recordar”. Meu Deus, não existe “Nenhum Olhar” como o teu! Quis apenas “Viver Para Contar” a nossa história e escrever as “Páginas do Livro do Desassossego”. Talvez o descrevam, um dia, como “O Manuscrito de um Louco e Outras Histórias” porque comecei de facto a ensandecer. Por vezes perguntava: “Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?” e ficava à espera pel’ “A Explicação dos Pássaros”… continuando assim “Eu Hei-de Amar Uma Pedra”… ...

O Apito do Comboio

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Era um final de tarde igual a tantos outros finais de tarde. Lá longe, escuto o apito do comboio que transportará, para os subúrbios, homens e mulheres que trabalham aqui na capital. Olho para dois idosos que jogam uma partida de xadrez numa mesa deste jardim. Eles, imóveis, pensam na próxima jogada a executar… fiquei como eles… estático… a pensar… Rei Serei eu seu rei? O alvo… o objectivo… o objecto do seu desejo? A peça – chave do seu jogo? O verdadeiro soberano do seu coração? Bispo Serei seu confessor, confidente, ouvinte? O pastor da sua doce alma? A peça que fielmente se coloca ao seu lado? Torre Sim. Gostaria de ser como uma torre. Ser a fortaleza que a protege; a muralha onde ela se sentirá sempre segura. Alto e Forte. O monumento que ela admirará fascinada. Cavalo Poderia ser seu cavalo, branco e majestoso. E poder levá-la a passear pelos prados e pradarias do nosso contentamento… Peão " Tu não passas de um mero peão. És mais um entre muitos o...

Fragmentos

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Apanhou a beata acesa do chão, deu uma passa e pendurou-se no eléctrico que haveria de cruzar as colinas de Lisboa para o levar até ao seu trabalho. Manuel tinha doze anos e calçava uns sapatos dois números acima do seu. Era uma fortuna poder proteger agora os seus pés que em muitos invernos descalços atravessaram a serra de Arga para que na escola primária comum conseguisse tirar a 4ª classe que Deus tem. Chegado à taberna, onde labutava, serviu o vinho morangueiro em malgas – tal e qual como no seu berde Minho – aos clientes provindos na maioria da sua aldeia natal. O ambiente da tasca tresandava a carapaus de escabeche de há três dias e os ovos cozidos trajados de vermelho equilibravam-se em pé como soldados numa parada feita de sal sem qualquer segredo de Colombo. Naquele dia, porém, teve um bafejo de sorte porque um par de “ bifes ” entrara no estabelecimento e conseguiu cobrar o dobro dos tostões que valiam as sandes de presunto e as duas garrafas de laranjada: no final do mês,...

Flower in spring

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Love breaks the wings of a butterfly on a wheel... ... Love will heal the wings of a butterfly on a wheel.

Num outro lugar

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Mote : o belo poema " Terror de te Amar " , da maravilhosa Sophia de Mello Breyner Andresen Perdoa-me porque quase te amei aqui. Teu mundo, nosso mundo, Não pode ser um lugar imundo; Um lugar qualquer. Teu lugar é meu lugar. Teu amanhecer, meu madrugar. Não basta pois apaixonar Há que criar: O teu lugar, o nosso lugar. Crio pois um poema para ti E perdoa-me… Porque quase te amei aqui. Yellow McGregor, abril 2012 Imagem de autor desconhecido, retirada da net

Growing old with you

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Almost There... that's not enough.

Porque cantam os pássaros no cemitério?

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Porque cantam os pássaros no cemitério? N. 17-01-1989 F.20-12-2005 N.21-02-1997 F.17-06-2006 N.10-04-2001 F.10-08-2010 N.20-07-1987 F.04-04-2007 E tantas, tantas, tantas jovens flores, que mal brotaram, cedo murcharam, germinando doces saudades e amargas dores. Que raio de profano Sagrado Mistério: Porque cantam pássaros no cemitério? Yellow McGregor, março de 2012 Imagem de autor desconhecido, retirada da net

Se tu fossi

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Se tu fossi nel mio cuore per un giorno Potreste avere un'idea Di ciò che sento io

So Close... How Far.

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All these words I don't just say...                                                ... only feel.

Love in

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Um anjo deitou-se sobre o tapete de veludo negro; Um inebriante perfume invadiu o meu corpo insano; Cada nota vibrante, cada toque extasiante...                                                                         Pára!... (esquece) Retomemos        ao          nosso             ritual,                 docemente                   ...

Olha, um bom ano!

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Imagem daqui link Sempre existiram filhos e enteados, a gata borralheira, o patinho feio. E até o irmão do filho pródigo, coitado, mais um pobre desafortunado das estórias que nos contam. De facto, ele há quem deseje um bom-dia, um excelente ano ou, pura simplesmente, uma boa semana de trabalho. E não há mudança de século - para não falar de milénio - que não se comemore. Mas… e o mês? Bem se pode esticar ou encolher que ninguém lhe liga: não há festinha nem votos de bem-aventuranças. Confesso que foi necessário passar algumas décadas por mim para que eu reparasse nisso. Décadas… olha, outra. Essa também é uma filha da… quela senhora que ninguém liga. Tssst. Coisas. Yellow Mcgregor, 2Jan2012